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Crédito mais barato leva empréstimos à habitação a recordes na crise

As famílias que não foram afetadas pela crise aproveitaram o crédito mais barato para comprar casa. Pediram aos bancos mais de 30 milhões de euros por dia

É nas crises que surgem oportunidades. E nesta, o crédito mais barato levou as famílias portuguesas que não foram afetadas pela perda de rendimentos a contratar novos créditos à habitação. O resultado foi um novo recorde de empréstimos à habitação nos 11 meses de 2020.

Até final de novembro, os portugueses contrataram quase 10,2 mil milhões de euros aos bancos para compra de casa, recorde da década. São mais de 30 milhões por dia em novo crédito à habitação. O mês de novembro de 2020 foi mesmo o melhor mês do ano passado, em termos de novos empréstimos para compra de casa. Desde dezembro de 2019 que não havia tanto crédito concedido para esta finalidade, segundo os dados do Banco de Portugal ontem divulgados.
“As famílias estão a aproveitar as taxas de juro baixas, a descida da Euribor”, explica Nuno Rico, economista da Deco Proteste. “Aproveitam o crédito mais barato para aproveitar algumas oportunidades no mercado. É o que explica esta subida”, adiantou.

Segundo o supervisor bancário “nas novas operações de empréstimos a particulares para habitação, a taxa de juro média desceu 3 pontos base (p.b.), para 0,84% , estabelecendo um novo mínimo histórico pelo quarto mês consecutivo”. As taxas Euribor desceram ontem a três, seis e 12 meses, face a terça-feira, atingindo mínimos históricos a três e a 12 meses. A taxa Euribor a seis meses – a mais utilizada em Portugal nos empréstimos para comprar casa – caiu 0,006 pontos para -0,530%. Segunda-feira alcançara já um mínimo: -0,532%. “Quem tem capacidade vai continuar a contratar crédito à habitação e a comprar casa”, aponta o economista.
Os primeiros meses do ano foram de forte procura para o crédito à habitação. O confinamento da população a partir de meados de março refreou a procura, que retomou a subida a partir do segundo semestre de 2020.

Segundo Nuno Rico, este aumento do crédito à habitação é também mais um sinal de que a crise provocada pela pandemia e pelas medidas adotadas para a combater não afetam todos por igual. “As famílias que não perderam rendimento na crise são as que estão a aproveitar para comprar casa. Mas já se vê à venda casas de famílias que entraram em insolvência”, frisa.
“Esta desigualdade é visível também na descida do crédito ao consumo, já que são as famílias com menores rendimentos que mais recorrem a este tipo de solução – e agora não conseguem fazê-lo, a não ser em desespero.” Para Nuno Rico, “esta crise é completamente desigual”.

Os dados do crédito ao consumo apontam para uma descida do recurso a este tipo de endividamento pelas famílias em 2020 face ao ano anterior (ver tabela). O mesmo aconteceu com o crédito para outros fins, embora este tenha subido fortemente em novembro. “No global, o aumento do crédito à habitação compensou a quebra registada no crédito ao consumo e para outros fins”, conclui Nuno Rico. Ao todo, os portugueses endividaram-se em mais 16,2 mil milhões de euros nos 11 meses de 2020.

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